A história do Coworking

Uma timeline do início de um movimento até a maturação de um novo mercado.

O Coworking moderno costuma ter seu início atrelado ao ano de 2005, com a abertura do San Francisco Coworking Space. Porém, os pontos necessários para gerar esse movimento foram plantados muito antes.

No início do século 20, o conceito de open office começava a surgir. Pelas ideias de arquitetos como Frank Lloyd Wright, o desenho de um ambiente de trabalho aberto, amplo, com diversas pessoas juntas já era visível. A busca por arquiteturas mais abertas, que pudessem acomodar mais pessoas de forma confortável começava.

E, na verdade, voltando ainda mais atrás na história, podemos encontrar resquícios de espaços abertos muito antes de 1900. Assim como, do ponto de vista de comportamento, também é provável que pequenos artesãos e outros profissionais já dividissem algum tipo de local de trabalho centenas de anos atrás.

No meio do século 20, no entanto, a ideia do escritório próprio de alguma forma se torna símbolo de status. Uma corrida pela maior sala do prédio começava, geralmente terminando com o presidente da empresa como vencedor. Logo em seguida, os gerentes disputavam as salas de esquina, com amplas janelas. O que sobrava ficava aos profissionais que se destacavam dentro da empresa. Já para os novatos, nada mais que um cubículo desconfortável em meio a um mar de outros cubículos era oferecido.

Anos mais tarde, diversos fatores se reúnem para possibilitar o surgimento de espaços de trabalho compartilhados. Explodindo não somente as paredes dos cubículos, mas também da própria empresa em si. Reunindo no mesmo teto profissionais sem nenhuma relação direta, focados apenas em crescimento mútuo.

1903

Open Offices

Com a forte migração para cidades do início do século XX, prédios de escritórios se tornaram maiores e mais povoados do que nunca. Um novo tipo de arquitetura comercial começa a surgir, buscando abrir mais espaço, possibilitando ambientes de trabalho orgânicos, flexíveis e fluidos.

Em 1903, o arquiteto Frank Lloyd Wright começa a experimentar novos conceitos e projeta o Larkin Administration Building, em Bufalo/EUA. Considerado um dos primeiros edifícios de escritórios “abertos”. Infelizmente esse prédio foi destruído nos anos 1950, mas você pode conhecê-lo nestas simulações.

Mais tarde, Frank aperfeiçoa ainda mais seu trabalho no também muito conhecido SC Johnson Building. Uma obra-prima da arquitetura, pensada em cada detalhe – desde a iluminação natural até a distância mais confortável entre as mesas.

1980

A era pré-coworking

Na década de 1980, diversos fatores não relacionados acabam por plantar mais uma sementinha no que futuramente seriam os coworkings modernos.

Por um lado, uma forte recessão nos Estados Unidos e na Europa força empresas a cortar custos de operação, começando a derrubar paredes para acomodar mais empregados no mesmo local. Diferente do que se imagina, a ideia de “colocar todo mundo junto” tinha menos relação com uma cultura de comunicação, e mais com uma necessidade financeira.

Ao mesmo tempo, a internet estava surgindo, possibilitando pela primeira vez na história que alguém efetivamente trabalhasse de forma remota. Ainda era raro e difícil, mas nos próximos 40 anos a evolução tecnológica que a internet traz, criando dezenas de profissões que simplesmente não existiriam sem ela, é fator crucial para que espaços de coworking façam algum sentido no mundo.

1995

Os primeiros hackerspaces

Na década de 1980, diversos fatores não relacionados acabam por plantar mais uma sementinha no que futuramente seriam os coworkings modernos.

Por um lado, uma forte recessão nos Estados Unidos e na Europa força empresas a cortar custos de operação, começando a derrubar paredes para acomodar mais empregados no mesmo local. Diferente do que se imagina, a ideia de “colocar todo mundo junto” tinha menos relação com uma cultura de comunicação, e mais com uma necessidade financeira.

Ao mesmo tempo, a internet estava surgindo, possibilitando pela primeira vez na história que alguém efetivamente trabalhasse de forma remota. Ainda era raro e difícil, mas nos próximos 40 anos a evolução tecnológica que a internet traz, criando dezenas de profissões que simplesmente não existiriam sem ela, é fator crucial para que espaços de coworking façam algum sentido no mundo.

1999

Google.com

No início de 1999, o Google mudava seus escritórios para Palo Alto, na Califórnia. Um grande escritório aberto, bem decorado, que inspirava o time e fornecia serviços secundários para as pessoas inicia uma grande tradição em startups de tecnologia.

Agora os espaços de trabalho precisam possibilitar comunicação constante, com pouca diferença hierárquica. Na mesma mesa podem estar o estagiário e o CEO, colaborando.

Mais tarde, muitos empreendedores vão ver nos espaços de coworking a única possibilidade de ter suas empresas em locais tão inspiradores como os do Vale do Silício.

2000

A primeira definição

Bernard DeKoven, um importante desenvolvedor e estudioso de jogos norte-americano começa a estudar formas de utilizar tecnologia para melhorar o trabalho em conjunto. É apontado por diversas fontes como sendo o primeiro a cunhar o termo “coworking”.

A maioria das publicações sobre o assunto aponta o ano de 1999, mas, em nossas pesquisas, a primeira publicação que encontramos de Dekoven sobre o assunto data de 26 de outubro de 2000. Nas palavras dele:

“CoWorking is working together as equals. It is working outside of hierarchy, without bosses. It’s the kind of way people work when there is an emergency. It is slowly, but unavoidably becoming the only way to work effectively.”

Em 2015, ao conceder uma entrevista ele fala:

“When I coined the term ‘coworking,’ I was describing a phenomenon I called ‘working together as equals.’ I was exploring how the insights I gained in designing games and facilitating play could apply to the facilitation of work.”

“I learned, somewhat reluctantly, that the whole idea of ‘working together as equals’ was a lot more revolutionary than I had naively assumed. For the most part, people don’t work together as equals, especially not in the business world where they are graded and isolated, categorized and shuffled into a hierarchy that separates them by rank and salary level; creating, for the majority of employees, an indelibly competitive relationship which, even when they find themselves members of the same team, is rife with distrust, duplicity and often downright sabotage.”

A definição de Bernard ainda não menciona espaços físicos, e é focada na essência do conceito. “Trabalhar juntos como iguais”. Mais tarde, em uma publicação em seu blog Bernard comenta que entrou em contato com o Movimento Coworking, fundado em 2005. A partir desse momento, ele percebe que coworking é algo mais amplo, e a ideia de construir uma comunidade de pessoas que trabalham juntas, como iguais, mas em seus próprios projetos parece inclusive mais interessante que a sua definição original.

2002

A mãe dos Coworking

Muita gente estava construindo coworkings antes de saber que isso existia. Esse foi o caso do Schraubenfabrik, uma antiga fábrica em Viena convertida em espaço de trabalho compartilhado.

Apesar de eles não usarem a palavra “coworking” diretamente, em sua definição apontam: “SCHRAUBENFABRIK se vê não apenas como um espaço de trabalho com boa relação custo-benefício e infraestrutura compartilhada, mas também como um espaço social e criativo que possibilita sinergias e libera inspiração”. Certamente foram precursores do modelo que vemos hoje em dia.

Ainda por esse ano existem alguns registros dos primeiros cafés se tornando parcialmente espaços de coworking em diferentes lugares do mundo.

2003

Um ensaio

Brad Neuberg, um programador americano, faz seu primeiro ensaio na construção do que seria o conceito de espaço de coworking.

Brad começa nesse ano um pequeno projeto chamado “Nine to Five Group”, em que ele convidava pessoas desconhecidas para trabalharem juntos em uma cafeteria. Esse projeto não funciona muito bem, sendo abandonado apenas um mês depois.

2004

Primeiros aprendizados

Em outubro de 2004 era inaugurado o Gate 3 Work Club, na Califórnia. Ainda sem utilizar o termo “coworking”, era um espaço com todas as características do modelo. Nas palavras dos fundadores:

“Gate 3 WorkClub is a work community where you will find relief from the isolation and challenges of the modern work-style; an exciting and interesting group of people from every walk of work that will give you new perspective and uncommon solutions.”

O espaço fez grandes investimentos, mas durou apenas um ano, fechando as portas em fevereiro de 2005. Neil Goldberg, o fundador, escreveu um artigo em seu blog apontando seus aprendizados e erros cometidos.

“Build it and they will come is a fantasy most suited to Hollywood movies.”

2005

O primeiro coworking moderno

Em 2005, o mundo já era bastante diferente daquele visto nos anos 1980 e 1990, quando os primeiros pontos para a construção do coworking moderno estavam sendo conectados. A internet já era algo real e estava espalhada pelo globo.

Tecnologias wireless como Wi-Fi junto com o desenvolvimento de baterias mais leves e portáteis começavam a ser largamente populares. E, pela primeira vez nos Estados Unidos, a Apple vendia mais notebooks que dispositivos de mesa. A era da mobilidade estava nascendo, e o trabalho remoto já era uma realidade.

Brad Neuberg, um programador norte-americano estava passando por um momento difícil da carreira. Enquanto trabalhava simultaneamente em dois projetos, um emprego no qual não estava feliz e alguns projetos open source nos quais desenvolvia sozinho, Brad imaginou um novo modelo de trabalho. Um modelo em que ele poderia ter os dois mundos em conjunto. A liberdade de desenvolver seus próprios projetos, sem o isolamento e s falta de estrutura de ser um profissional independente. Ele chamou isso de coworking

O San Francisco Coworking Space é o primeiro espaço de coworking que se tem registro a oficialmente utilizar esse nome, mesmo que projetos anteriores já tivessem ensaiado o modelo.

O espaço funcionava dentro de um coletivo feminista, o Spiral Muse. Uma amiga de Brad permitiu que ele utilizasse o espaço duas vezes por semana pagando $ 300,00 ao mês. Qualquer lucro que ele tivesse acima desse valor seria dele.

Algum tempo depois, Ray Baxter se torna o primeiro coworker a frequentar o espaço.

Ainda em 2015, outros espaços ao redor do mundo começam a pipocar lentamente. Em Londres, surge o primeiro The Hub.

2006

The Hat Factory

Neuberg, com diversos voluntários (incluindo Chris Messina e Tara Hunt, importantes figuras do movimento), abre o The Hat Factory para substituir o antigo espaço.

Agora com uma estrutura dedicada, Neuberg não precisava desmontar completamente o espaço ao final do dia de trabalho, como o acordo anterior previa.

A expressão “Coworking Day” é usada pela primeira vez no grupo de discussões de founders, porém ainda sem se referir a uma data específica.

Ainda nesse ano, Chris Messina é creditado como inventor da hashtag #coworking (apesar de o primeiro Tweet registrado ser de Ryan Price) e cria a Coworking Wiki, uma importante fonte de informações sobre o movimento coworking para futuros founders. No mundo, já existem cerca de 30 espaços de coworking catalogados.

2007

Comunidade

IndyHall, na Filadélfia, abre a público depois de ser completamente financiado por seus membros. Ao redor de 30 pessoas concordaram em pagar antecipadamente para financiar a criação do espaço.

Na Europa, o movimento começa a acelerar, seguindo a tendência americana. Aproximadamente 75 espaços de coworking já estão rodando no mundo. Além disso, o primeiro iPhone é lançado, abrindo a porta de vez para o mundo mobile e a flexibilização das ferramentas de trabalho. A primeira página na Wikipedia, em inglês, sobre o termo é criada.

No Brasil, começam as primeiras conversas sobre o assunto. Em 10 de janeiro de 2007 é lançado o blog do Hub São Paulo, que a partir dali começa a narrar a jornada pra criação do primeiro espaço de coworking no país. Em julho do mesmo ano, o endereço é finalmente definido: Rua Bela Cintra, 409, em São Paulo.

No grupo de discussão internacional sobre coworking, a palavra Brazil é mencionada pela primeira vez em 27 de abril. Em 20 de maio, Fernanda Nudelman – outra peça-chave da história do movimento brasileiro – faz o seu primeiro post no grupo, buscando informações sobre o assunto.

2008

Finalmente, Brasil

Em 1º outubro de 2018, nasce o Ponto de Contato, em São Paulo. O primeiro espaço de coworking genuinamente brasileiro. Uma iniciativa da eterna Fê do Ponto (Fernanda Nudelman), o espaço que ficava localizado originalmente na Rua Fradique Coutinho nasceu pequeno, com 16 posições. Algum tempo depois, já na Rua Augusta, tinha aumentado a capacidade para 110 coworkers.

No entanto, o Ponto não foi o primeiro coworking em terras nacionais. Três meses antes, Henrique Bussacos e Pablo Handl traziam para o país a marca The Hub (atual Impact Hub). A primeira unidade no país da rede internacional (que nasceu em Londres) é hoje o coworking mais antigo em atividade no Brasil.

O artigo da Wikipedia sobre coworking ganha sua primeira versão em português.

Ao redor do mundo o modelo começa a evoluir e experimentar. Nesse ano nasce o Cubes & Crayons, considerado o primeiro espaço com infraestrutura dedicada para crianças, permitindo aos pais levarem seus filhos para o trabalho diariamente.

Também surgiu o primeiro “passaporte de coworkings”, o Coworking Visa, que possibilita a um coworker utilizar até 3 dias grátis em qualquer espaço ao redor do mundo cadastrado no programa. Aliás, no planeta, já são 160 espaços conhecidos.

2009

O fórum nacional

Cadu de Castro Alves cria o primeiro fórum de discussões sobre coworking em português, reunindo informações que serviriam de base para dezenas de founders futuros no país. Mais tarde, o Cadu será responsável pelo primeiro coworking do Rio de Janeiro e por sugerir a data do Coworking Day.

O título “I’m Outta Here: How Co-Working Is Making the Office Obsolete” é o primeiro livro sobre o assunto publicado, abordando os conceitos básicos do movimento.

2010

WeWork

Adam Neumann e Miguel McKelvey abrem a primeira unidade da WeWork, na região do SoHo, em Nova York. Mais tarde a WeWork se tornaria uma das principais marcas do mercado, chegando a ser avaliada – de forma polêmica – em 47 bilhões de dólares.

O primeiro Coworking Day é comemorado mundialmente, agora como um dia fixo: todo 9 de agosto. A data foi sugerida por um brasileiro e abraçada pela comunidade. Ela representa o dia em que Brad Neuberg fala sobre o movimento coworking publicamente pela primeira vez.

Em Bruxelas, acontece a primeira edição da Coworking Europe Conference, contando com a participação de 150 founders do mundo todo. Aliás, nesse ano, atingimos a marca de 600 espaços mapeados.

No mesmo ano, nasce na Alemanha a Deskmag e no Brasil o Movebla. Ambas importantes publicações online que abordam o movimento coworking. Enquanto a primeira foca mais o mercado Europeu e Americano, no segundo Anderson Costa se torna um dos primeiros a escrever de forma independente e regular sobre o assunto, acompanhando a evolução do mercado.

2011

$ 425.000,00

Esse é o primeiro investimento-anjo recebido por um espaço de coworking, o NextSpace, nos Estados Unidos. Esse movimento abre os olhos de outros investidores para oportunidades futuras.

A primeira Unconference sobre coworking dos Estados Unidos atrai cerca de 200 participantes.

2012

Nasce o Coworking Brasil

De uma ideia construída em conjunto em um grupo de founders do Facebook, nasce o coworkingbrasil.org, a primeira plataforma dedicada a divulgar a cultura coworking no país e conectar as dezenas de espaços existentes com os coworkers.

Coworking se torna cada vez mais popular, e um painel na Campus Party com alguns dos principais nomes do mercado na época é apresentado.

No mundo, já são 2.150 espaços mapeados. Mais de 217 mil tweets com a expressão “coworking” foram publicados nesse ano.

2013

100 mil coworkers

Estima-se que 100 mil pessoas utilizem um dos 3 mil espaços de coworking disponíveis no mundo.

A primeira conferência sobre coworking da Ásia acontece no Japão, enquanto em Barcelona, já rola a quarta edição da conferência europeia.

No Canadá, é criado o primeiro seguro saúde focado para coworkings, possibilitando que profissionais independentes pela primeira vez tenham cobertura de planos de saúde mesmo sem estar atrelado a um empregador.

2014

5.780 espaços

295 mil pessoas frequentam um dos quase 6 mil espaços de coworking espalhados por todo o globo.

A WeWork abre o primeiro escritório fora dos Estados Unidos, em Londres. Nessa altura, já havia levantado 17 milhões de dólares de investimento e contava com 10 mil membros em sua rede.

São abertos no Brasil 56 novos espaços de coworking no entanto perdemos a nossa primeira marca nacional: o Ponto de Contato encerra suas atividades, em São Paulo.

2015

Primeiro Censo

É realizado pela primeira vez o Censo Coworking Brasil, um estudo que mapeou todo o mercado de espaços de coworking brasileiro. O projeto foi produzido pelo Movebla em parceria com o B4i e divulgado pelo Coworking Brasil. O país já contava com 238 espaços de coworking.

Acontece em São Paulo o primeiro Encontro Coworking Brasil, um evento que reúne founders, organizado de forma completamente independente e colaborativa.

O artigo da Wikipedia sobre coworking já foi traduzido para 23 idiomas. Também é nesse ano que a gigante do business office Regus adquire a marca Spaces para reforçar seu posicionamento como uma opção também no mercado de coworkings.

2016

Mainstream

Nesse ano diversas empresas de grande porte começam a ver espaços de coworking como uma alternativa mais flexível para seus ambientes de trabalho. A Microsoft muda 30% da sua força de trabalho em Nova York para coworkings. O banco HSBC segue o mesmo caminho.

A segunda edição do Encontro Coworking Brasil acontece no Rio de Janeiro, a primeira e até o momento única vez fora da capital paulista.

No mundo já são 12 mil espaços de coworking. No Brasil, a segunda edição do Censo aponta 378 espaços conhecidos.

2017

1.000.000 membros

Segundo o estudo Coworking Survey, este é o ano em que ultrapassamos a marca de 1 milhão de pessoas frequentando espaços de coworking ao redor do mundo.

O Coworking Brasil assume a produção do Censo, e nos resultados de 2017 aponta 810 espaços em território nacional, um crescimento de mais de 100% em relação ao ano anterior.

2018

77% são mais produtivos

É realizado o primeiro Censo Coworker no Brasil, mapeando o perfil dos membros desses espaços e identificando como o movimento coworking influencia as suas vidas.

O estudo aponta que 77% dos entrevistados afirmam que se sentem mais produtivos desde que migraram para o coworking; 62% declaram que tiveram melhoras na saúde e disposição geral durante o dia.

2019

O auge

Em setembro de 2019, o termo “coworking” atinge o auge histórico de interesse pelo público desde o início do movimento, 14 anos atrás. Nunca tantas pessoas pesquisaram sobre o assunto no Google.

A sempre polêmica WeWork ensaia um IPO na bolsa americana, mas volta atrás.

No Brasil, são mais 1.497 espaços de coworking conhecidos. Com 388 espaços de coworking mapeados ao final de 2019, São Paulo é provavelmente a cidade com o maior número de espaços de coworking no mundo (não temos dados internacionais atualizados).

2020

COVID-19

Logo após seu auge, vem o maior tropeço histórico do mercado brasileiro. No início da quarentena no país, 96% do mercado é forçado a interromper suas atividades de alguma forma. No trimestre seguinte, 40% dos espaços perdem mais de 75% do seu faturamento.

Os impactos do coronavírus na história do coworking ainda estão sendo estudados e irão trazer muitos aprendizados no futuro.

No entanto, o otimismo dos fundadores, gestores e entusiastas é grande. A linda história contada neste material deixa claro e evidente que esse movimento não é passageiro. Não é algo que seja possível “voltar atrás”. Espaços de coworking estão aqui para ficar e vão se tornar tão cotidianos na sua rotina como ir à padaria.

Desde o princípio do movimento, construído de forma quase simultânea em vários locais ao redor do mundo, e posteriormente largamente apoiados pela própria comunidade, é consenso que a cultura coworking simplesmente faz sentido. Faz sentido para as pessoas, faz sentido para os negócios, faz sentido para as cidades.

Estamos vivendo uma nova era. Mais conectada, colaborativa e sustentável. Nós não temos a menor dúvida de que no futuro, olhando para trás, vamos ver o ano de 2020 como um grande trampolim para o crescimento exponencial do mercado.

Te convido a continuar escrevendo essa história com a gente. #tamoJunto