Coworking Hangout

Coworking e os Movimentos Regionais

Como espaços de coworking estão se unindo para ter mais força localmente.

  • Foto de Eliane Domingos
  • Foto de André Vasconcelos
  • Foto de Anderson Costa

Com Eliane Domingos, André Vasconcelos e Anderson Costa.

Gravado em Outubro de 2017.

Coworking Map apoia a realização deste evento.
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A prática dos Hangouts sobre coworking continua a todo vapor por aqui no Coworking Brasil. Em outubro realizamos mais um, desta vez com a Eliane Domingos (EDX Coworking, Rio de Janeiro) e o André Vasconcelos (Elephant Coworking, Fortaleza).

O papo da vez foi associações locais como forças de mobilização regionais para o universo do coworking. É algo que realmente pipocou como assunto dentro do Encontro Coworking Brasil 2017. A Eli e o André representam associações ou movimentos locais que se organizaram por diversas razões.

Necessidades locais

Aprendemos como tem funcionado a Associação de Espaços no Ceará, por exemplo. O grupo surgiu no início do ano passado (2016) e se formalizou no fim do mesmo ano, quando o movimento começou a ficar mais forte no estado. André completa a história: “Faltava uma provocação que veio do núcleo de Economia Criativa do Sebrae local. Então começaram as reuniões quinzenais, que levou ao sentimento de que acesso ao poder público e outros fatores faziam as coisas a andar mais rápido”.

Alguns dos maiores ganhos até o momento na região: a criação de um registro do CNAE próprio para a atividade de Endereço Fiscal, dando maior segurança jurídica ao espaço que oferece esse serviço, e um código tributário específico para a atividade de coworking. Para André, o movimento organizado mostra que funciona. “Tivemos grandes conquistas num espaço de apenas 6 meses. Individualmente, cada um de nós não conseguiria isso”, opina ele.

No Rio, o movimento ainda está mais orgânico, mas a troca de informações é constante em grupos do WhatsApp. Segundo Eli, as reuniões presenciais têm aumentado com a participação de mais espaços. “Mesmo sendo do mesmo segmento, entendemos que não precisamos abraçar o mundo e as parcerias funcionam. Quando eu não posso atender um cliente não tem problema indicá-lo para outro espaço”, explica ela.

As conversas avançam na direção de um Encontro Regional, ainda sem definições. “Nem sempre temos condições de nos deslocarmos para o Encontro Nacional, e temos discussões que precisam refletir a realidade atual do Rio, muito diferente das demais cidades”, diz Eliane.

E os desafios?

Para André, atingir o público é um problema geral e pode ser enfrentado melhor coletivamente: “em Fortaleza, depois que nos juntamos, conseguimos fazer ações até mais efetivas que o Coworking Day. Ocupamos espaços em um shopping center da cidade para fazer uma Coworking Week — uma semana inteira aberta ao público, trazendo coworkers de vários espaços num baita evento com ciclo de palestras e tudo mais”. Hoje, o shopping montou seu próprio espaço de coworking. “Não foi o resultado de um interesse apenas financeiro”, diz André.

Ainda, para Eli, o caso do Rio é desafiador mas também oferece oportunidades. “Hoje o grande problema da nossa cidade é a crise financeira, o que levou muita gente a fechar estabelecimentos. Porém, os locatários não estão reocupando os lugares, e tem gente cedendo espaço para quem pague apenas o condomínio”, conta. Além disso, a captação de pessoas também é um desafio. “A cultura do coworking precisa estar mais na cabeça das pessoas e trabalhamos muito a educação das pessoas quando chegam”, relata Eli.


Foi um papo muito legal, com dois representantes de dezenas de cidades e centenas de espaços ao redor do país. É um caminho que nós sempre acreditamos como entusiastas desse movimento — problemas locais devem ser foco local, pois o esforço e mobilização para isso é bem menor do que a nível nacional.

O legal dessa história toda é que cada cidade enxerga as soluções e caminhos de uma forma diferente, e a troca de conhecimento entre movimentos regionais é muito proveitosa. Nada mais coworking do que isso, no fim das contas.

Em tempo: você precisa de algum suporte para criar associações locais? Fale com o André e a Eli, que podem ajudar bastante as experiências que possuem! E se você já está criando um movimento desses na sua região, fale com a gente aqui no Coworking Brasil que vamos adorar ajudar!  🙂

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