Com o fim de ano se aproximando, fica praticamente impossível não fazer retrospectivas e reflexões sobre os 12 meses que passaram. E, por mais clichê que esse hábito seja, ele não pode ser considerado negativo. Isso porque, analisar e reavaliar tende a dar um novo gás para o futuro que está por vir.

Como serão as últimas semanas do seu 2018? Você vai reservar um tempinho para refletir como foi o ano no seu coworking? E quando falamos em análise não nos referimos apenas aos números, se você fechou o ano com uma margem boa de lucro ou o que pretende gastar em 2019 para valorizar seu espaço.

Hoje queremos que você pare um pouco para pensar sobre o impacto que o seu espaço gera na vida de cada uma das pessoas que pisam no seu coworking. Sim, desde o funcionário que cuida da limpeza do escritório até os clientes dos seus coworkers que visitam o espaço de vez em quando para uma reunião ou outra.

Coworking não é apenas uma nova forma de trabalhar, mas sim um novo jeito de viver

Tudo que se vive dentro de um escritório compartilhado, como bem sabemos, vai muito além do campo profissional. É muito mais do que proporcionar que novas empresas e profissionais individuais tenham custos mais enxutos para fazer seus negócios acontecerem. O quanto você, como founder ou gestor, tem conseguido absorver dos seus coworkers? Como esse convívio diário te ajuda a crescer e olhar mais adiante o seu negócio?

É como a vida de um professor: ele não está lá diante da turma apenas para ensinar. É preciso estar disposto a aprender todos os dias, a todo momento. Assim como você precisa entregar muito para os seus clientes, você também deveria sentir que está recebendo e aprendendo.

Como anda a qualidade de vida no seu espaço?

Depois de fazer uma reflexão geral inicial, queremos propor que você pese também a questão da qualidade de vida. Desde o início da trajetória dos coworkings esse tema foi importante. Pode ser que existam founders (e até mesmo coworkers) que ainda não tenham entendido isso, mas esse item está se tornando essencial para a sobrevivência dos espaços. Porque, afinal, se seus coworkers continuam estressados como estariam em qualquer outra estação de trabalho, seja numa pequena ou numa megacorporação, tem alguma coisa errada.

Juntos, já aprendemos bastante sobre escritórios compartilhados, e agora precisamos alcançar outros níveis. Estamos prontos para viver todo o lifestyle dos coworkings e, uma vez que a cultura já está enraizada na sua comunidade, é hora de deixar a vida dos seus coworkers mais leve.

Quando você aluga uma estação de trabalho, você precisa entregar muito mais do que o lugar para o profissional colocar em prática suas demandas diárias. E nisso é preciso encontrar o ponto de equilíbrio. Além de ajudar os coworkers a se conectarem para fecharem novos negócios, também é preciso tirá-los um pouco de suas rotinas atribuladas.

Já falamos sobre isso em um texto de uns dois anos atrás, mas sempre vale retomar esse papo. Um profissional que não perde tanto tempo se deslocando para o trabalho, ou que até mesmo consegue ir para casa fazer um almoço fresquinho em pleno dia de semana, é um profissional mais feliz. Esse cara vai render muito mais em suas tarefas e talvez nem se importe de sair do escritório às 20h da noite, contanto que ele tenha tempo de relaxar no seu próprio sofá no intervalo ou que consiga pedalar rumo ao escritório. Já que nem sempre dá para evitar a correria da rotina, que seja um frenesi em prol de uma vida com mais qualidade.

Comece mudando a sua rotina e a do seu time

Um problema que pode acontecer com frequência é que o excesso de liberdade comece a sufocar. Sim, eu sei, parece contraditório. Mas pode confessar aqui pra mim, de tanto pensar nos seus coworkers, quantas vezes você trabalhou mais de 12 horas por dia? E quantas outras tantas vezes você designou um turbilhão de demandas ao mesmo tempo para o seu community manager?

São as velhas práticas do mercado de trabalho com uma nova roupagem. Traduzindo uma frase que li em um artigo que vou deixar o link no fim deste texto: “Eles (os founders) clamam estarem mudando o mundo do trabalho, mas tudo o que eles mudaram foi a arquitetura, as práticas de marketing e dos modelos de negócios dos escritórios”.

É um fato que a vida de quem trabalha envolvido com coworking tem certas regalias e liberdades. Mas, a verdade é que, se não houver organização e uma mínima rotina, a vida dos sonhos e dos dias flexíveis pode se tornar um pesadelo. O famoso case do empreendedor que largou o alto cargo em uma multinacional para ter seu próprio business e começou a trabalhar 18 horas por dia, não mais as 12 de sempre.

Como é que você vai fazer seus coworkers viverem um novo lifestyle se você e seu time não seguirem essas diretrizes? Como você pretende vender um novo lifestyle se você espera que seu community manager esteja disponível o tempo todo, que organize eventos, que cuide do pós-venda e ainda do Marketing Digital?

Para finalizar o texto, mas para iniciar cada novo dia na sua vida, repita esse mantra: coworking não é apenas uma nova forma de trabalhar, mas sim um novo jeito de viver.

Para arrematar, indicamos a leitura do artigo “Practice what you preach”, disponível neste link aqui.