Hey, você, graduado: será que é hora de fazer uma pós-graduação?
Alguns anos depois do tão sonhado diploma, aquela vontade de aprender mais recomeça. Seria a hora de voltar para a sala de aula?
Este artigo foi escrito por
Tuani Mallmann.
É muito louco quando paramos para pensar quanto tempo passamos dentro de uma sala de aula. Aqui no Brasil, pelo menos, a saga começa pelos 4 anos de idade, passando por Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. Depois de todo esse caminho, que muitos trilham em uma só escola ou em um só bairro, o que eu acho fantástico, diga-se, o nosso mundo acaba por girar em torno da tal faculdade. Ah, tem também os ensinos técnicos, que podem ser feitos junto do Ensino Médio, que, aliás, eu acho bem assustadores e exigentes para meros adolescentes. Mas ok, questão de opinião.
Depois do festão de formatura as pessoas não sossegam e logo aparecem com a pergunta: “e aí, o que vai fazer agora? O que você quer pra sua vida?”
Depois de tanto tempo estudando, quando finalmente nos formamos no 8º – agora 9º – ano, quando você acha que vai ter um gostinho de liberdade e acha que vai fazer festa de segunda a segunda, vem a tal da graduação. Não acho ruim que seja tudo na sequência – claro, nesse caso você não é obrigado a nada, ao contrário dos elementos anteriores de educação básica do país -, o que acaba se tornando complicado é o peso de escolher um curso que vai decidir o resto da sua vida. Sua profissão, seu trabalho e toda sua rotina por longos anos provavelmente vão acontecer a partir dessa escolha. Mas, superada essa crise, porque já somos bem grandinhos, depois do festão de formatura as pessoas não sossegam e logo aparecem com a pergunta: “e aí, o que vai fazer agora? O que você quer pra sua vida?”. Gente, será que podemos ter um break pra respirar? O conhecimento é o maior legado que podemos construir, mas viver também é importante, né?
Então, sou super a favor de quem prefere dar um tempo e “apenas” trabalhar depois de terminar a faculdade. De repente fazer um curso de línguas ou de astrologia, sei lá, algo que você esteja desejando pra você mesmo.
Mas, é claro, tem áreas do mercado que não te permitem ficar por fora muito tempo. Os estudos avançam, bem como as tecnologias e ferramentas de trabalho, e é aí que você precisa, novamente, definir o futuro. Que tal uma especialização no ramo da sua empresa? Ou será que você gosta tanto de estudar que a sua vibe seria um mestrado? Se sempre que esse assunto vem à tona você fica confuso, vamos a alguns esclarecimentos que podem te ajudar:
Lato Sensu
São os cursos mais curtos e enxutos, conhecidos por todos como os cursos de pós-graduação, especialização, aperfeiçoamento e MBAs. Podem variar entre 180 e 360 horas aula, normalmente, sendo assim a opção mais rápida que você vai encontrar (lembrando que o ideal é escolher curso pelo conteúdo previsto, não por tempo, certo?). Cada universidade tem seus pré-requisitos para ingresso, como avaliação curricular ou entrevista, além, claro, do diploma de graduação.
Stricto Sensu
Também são cursos de pós-graduação, mas essa área inclui mestrados, doutorados e assim por diante. O foco é totalmente na área científica, seja na formação de novos professores universitários ou de novos pesquisadores. Por ter um nível de exigência maior, para ingressar em um curso de mestrado é preciso ter um pré-projeto de pesquisa, que vai passar por uma banca avaliadora. Os demais requisitos, como prova escrita e segunda língua, ficam a critério de cada instituição. Para concluir o mestrado com sucesso, você precisará apresentar uma dissertação de autoria própria.
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Hoje existem muitas oportunidades de cursos de especialização, e não cabe a nós dizer qual seria a ideal pra você e sua profissão. Mas essa diferenciação entre Lato e Stricto Sensu é bem importante para que você consiga analisar o que você visualiza para o seu futuro e para você compreender se seu próximo curso será mais prático, para usar seus aprendizados no mercado de trabalho, ou se você quer continuar estudando para levar seu conhecimento adiante dentro de uma instituição de ensino.
Veja bem, nós insistimos: você não é obrigado a nada, e só cabe a você perceber os sinais da sua vida profissional e seus anseios pessoais. Mas e como saber se é hora de fazer uma pós-graduação? Se você se sente estagnado e inquieto, e sempre com vontade de aprender algo novo, talvez esse seja um forte indício. Ou se você sente que tem domínio sobre a sua área, mas que poderia reforçar seu embasamento sobre temas que circulam o seu ramo e que esse poderia ser um diferencial, vá com tudo!
Se por algumas vezes você já se pegou investigando os cursos disponíveis em instituições que você conhece, esse pode ser outro sinal de que a pulguinha do conhecimento andou te picando. Há também o fato de que a graduação te forma para uma grande área, e ao se interessar por apenas um ou outro nicho, o ideal é você recorrer a uma pós que realmente foque nos seus interesses específicos.
Por último, poderíamos citar o bom e velho networking, tão necessário desde para quem está começando no mercado de trabalho até para quem é macaco velho. Conhecer novas pessoas, que trabalham fora da sua zona de conforto, pode ser aquela motivação que estava faltando na sua vida.
Pesquise, leia bastante e só bata o martelo quando você estiver realmente decidido. Sem pressa, agora é com você!