A conferência britânica – a primeira na terra da rainha – foi bastante voltada para o mercado imobiliário, e um pouco fora da realidade daqueles espaços mais “raiz”, de bairro. Muito do conteúdo foi focado em operações multimilionárias, para empresas com diversos ambientes flexíveis.

Ainda assim, alguns pontos interessantes sobre a evolução do mercado de coworking no Reino Unido foram levantados e bem discutidos:

O Reino Unido possui os maiores espaços da Europa, a grande maioria localizada em Londres, como era esperado. A capital britânica conta com centenas de espaços de coworking. E, apesar de um número “total” sempre ser discutível, dependendo muito da sua definição de coworking, não deixa de ser expressivo.

Um curiosidade levantada na conferência é que o termo “coworking” já ranqueia acima de expressões como “centro de negócios” no Google UK. Aliás, estamos devendo um artigo aqui no Coworking Brasil sobre SEO para coworking, né? Se você quiser ler, me avisa nos comentários!

Como está a bolha de coworking?

Essa é uma das top 5 perguntas que a gente responde todo dia por aqui para os jornalistas: “Você acredita que o Coworking é uma moda? A bolha vai estourar?”.

Lá na conferência ninguém realmente acredita que seja uma bolha, e todos estão vendo a linha entre escritórios tradicionais, espaços de coworking e business offices em geral cada vez mais tênue. Em alguns anos, talvez fique muito difícil de saber que tipo de “acordo” existe entre a empresa onde você está indo trabalhar e o escritório dela.

Com cada vez mais a necessidade de as empresas serem flexíveis e escaláveis, os espaços de coworking estão encaixando como uma luva, seja no Reino Unido, seja no próprio Brasil. A economia do “ter acesso” em vez de “ter propriedade” está tocando de vez o mercado imobiliário.

Espaços de nicho: o que os ingleses pensam deles?

Os espaços focados em públicos específicos são bastante populares no Reino Unido e, para grande maioria do pessoal no evento, essa será a única forma de você se destacar na multidão no futuro.

Ou você foca em um público e constrói seu espaço ao redor dele, entendendo suas necessidades e objetivos, ou será engolido pelos “Walmarts do coworking”. Por lá, ninguém duvidou dessa afirmação e também estão bem seguros que o modelo de nicho é lucrativo e faz bastante sentido. Será esse o futuro aqui no Brasil também?

Espaços kids friendly devem ser considerados um serviço básico, não um segmento.

Um ponto super bacana levantado foi em relação aos espaços kids friendly, ou seja, os escritórios que possuem estrutura para cuidar das crianças enquanto os pais trabalham. Foi bastante debatido como esses espaços não devem ser confundidos com um segmento de mercado, e sim como um serviço quase básico para ser oferecido por qualquer tipo de espaço.

Oferecer essa opção para mães e pais que querem continuar com suas carreiras a todo vapor pode ser o grande argumento de venda dos espaços de coworking no futuro, principalmente quando pensamos que hoje grande parte do público ainda vem do home office. Além, é claro, de ser algo fantástico para a comunidade local em geral 🙂

Você foi ao GCUC UK 2018? O que mais você viu rolando por lá?

P.S.: esse artigo é uma adaptação completamente livre do artigo escrito pelo Morgan Sully, dos nossos parceiros da Cobot. Você pode conferir o original em inglês aqui.