Muito tem se falado nos últimos tempos sobre Coaching e todos os benefícios que ele pode trazer para a sua vida, tanto profissional como pessoal. Você não sabe bem como funciona essa técnica? Será mesmo que vale a pena investir nisso? No post de hoje vamos te explicar um pouco de como funciona esse processo de estímulo para que você possa dar sempre o seu melhor, organizando as suas habilidades e focando no que há de mais positivo na sua personalidade.

Primeiro vamos começar diferenciando as duas palavrinhas muito confundidas por aí: Coaching e Coach. Por serem termos em inglês e ainda pouco comuns pra nós, pode dar um nó na cabeça sim, sabemos. Coaching é a metodologia, a técnica, enquanto Coach é o profissional que trabalha nessa área, que será o seu instrutor ou treinador, traduzindo exatamente do inglês para o português. Ainda há o termo Coachee, que nada mais é que o cliente durante as suas sessões de Coaching.

Dito isso vamos responder as principais perguntas para você compreender melhor esse universo.

O que é e como funciona o Coaching?

O Coaching é um processo que busca trabalhar o que temos de melhor e dar uma organizada nas nossas principais características – sejam elas positivas ou “negativas” – a fim de buscar resultados em alguma área pré-determinada. Aliás, é basicamente essa a diferença entre a técnica e a terapia, que busca respostas no passado para as dificuldades do presente.

Outra diferença é que o Coaching visa metas específicas e é um processo com início, meio e fim, enquanto com a terapia nunca se sabe quanto tempo vai durar. Não estamos indicando um ou outro, ok? Só queremos deixar claro que existem diferenças bem pontuais entre estes dois trabalhos bem importantes para o ser humano, e que cada caso precisa encontrar sua solução ideal.

Segundo a ICF (International Coach Federation), a metodologia do Coaching é uma parceria entre o Coach e o Coachee em busca de objetivos e metas, utilizando estímulos que potencializam o que já existe na personalidade do cliente. O processo é como uma jornada que ajuda a descobrir onde a pessoa se encontra, onde ela quer chegar e as possíveis rotas para esse ponto final no mapa.

Qual é a formação do Coach?

Essa é uma questão bem interessante, já que o profissional precisa circular por diversos campos que envolvem o comportamento humano para conseguir lidar com as questões do cliente. O Coach deve trazer em sua bagagem um conhecimento amplo, que pode vir de áreas como a Psicologia, Administração, Gestão de Pessoas, Sociologia e muitos outros.

Porém, oficialmente a profissão do Coach não é regulamentada no Brasil, portanto não possui um órgão de controle do que se está sendo feito pelos profissionais. Mas claro, sempre dá para investigar um pouco sobre a carreira da pessoa antes de sair contratando, assim como fazemos com qualquer outra prestação de serviço.

A ICF, por exemplo, é uma boa forma de buscar um Coach capacitado e certificado com níveis exigentes. Ao encontrar um profissional, pesquise um pouco sobre o currículo dele e os cursos feitos, já dá para ter uma boa noção da bagagem (pelo menos teórica) que ele carrega.

Como o Coaching pode contribuir para o desenvolvimento profissional e pessoal?

Quanto mais conseguirmos lapidar o nosso “eu”, os resultados acabarão aparecendo por todos os lados.

Conseguir enxergar o potencial que temos e encarar de frente nossas principais características são dois pontos que podem contribuir, tanto pessoalmente como no âmbito profissional. Quanto mais conseguirmos lapidar o nosso “eu”, os resultados acabarão aparecendo por todos os lados. Muita gente procura a metodologia como forma de melhorar características pessoais, mas, acredite, certamente elas irão refletir na sua postura como profissional também.

Há quem busque no Coaching mais atitude para colocar os sonhos em prática ou metas mais definidas como enfrentar a timidez e a dificuldade de falar em público. Independente dos seus objetivos finais (que muitas vezes podem nem estar bem definidos no início do processo e o Coach pode auxiliar nisso também), é o conjunto do trabalho que trará os resultados que serão desfrutados para o resto da sua vida.

Está bem em alta as empresas contratarem um Coach para trabalhar um profissional ou um grupo de colaboradores específico, buscando mais motivação, entrega, organização e, consequentemente, um resultado financeiro mais positivo – além de uma equipe mais motivada e produtiva, que é tão ou mais necessário que simples números.

Como perceber que precisamos do Coaching?

Sabe aquela coisa de que sempre é possível melhorar um pouquinho mais? O Coaching é basicamente isso, indicado para tudo e todos que queiram se conhecer melhor e evoluir. O processo é interessante para que você consiga olhar para dentro e, com o auxílio de um profissional, você saiba como interpretar o que você vê.

É legal que, durante as sessões, você acaba descobrindo pontos que você não dava muita atenção e que, se trabalhados, podem se tornar características muito positivas e marcantes. Com a ajuda de alguém de fora fica mais fácil de enxergar todas as possibilidades de talentos que muitas vezes ficam escondidos na nossa confusão de sentimentos.

Minha experiência particular

Há cerca de um ano tive uma breve experiência com uma Coach, mas creio que não obtive resultados bacanas. Os motivos para isso foram vários, explicarei todos eles.

Em primeiro lugar, não fui eu quem procurei o Coaching e, pra falar a verdade, eu não fazia ideia de como isso seria. A empresa que eu trabalhava pagou uma sessão para aprimorar o meu eu profissional, mas na verdade eles não me deram muita opção de querer ou não fazer a sessão, então creio que o meu desconforto começou aí.

Um segundo fator importante, que creio ter sido negativo tanto para mim tanto para a profissional que me atendeu: tínhamos apenas uma sessão de pouco mais de uma hora para conversar. Ela precisava conhecer um pouco de mim, eu precisava entender o que estava acontecendo e quais resultados estávamos buscando lá, tudo isso neste tempo. Não gostei dessa pressão de ter que sair de lá com resultados para aplicar na minha rotina de trabalho, entendem?

A terceira questão é que eu não estava exatamente concordando que eu precisava mudar para ajudar a empresa. Eu senti como se estivessem me acusando de pouca dedicação e que eu precisava mudar e me esforçar mais para termos resultados melhores na empresa. Então basicamente eu não queria respostas, porque eu já achava (e ainda acho) que eu mantinha uma ótima postura e que eu era a melhor profissional que poderia estar naquele cargo naquele momento.

No fim das contas, fiquei um pouco chateada com o resultado da sessão, pois a conclusão (da minha parte feita para mostrar algum resultado para a Coach) não me deixou contente e nem concordei muito com ela. Ah, durante um tempo também fiquei um pouco neurótica de que a Coach tivesse contado tudo o que debatemos para a minha chefia, mas creio que exista algum tipo de ética como se fosse em uma terapia.

Se eu indico o investimento? Creio que sim, até porque um dia eu ainda quero reverter essa imagem que tive e buscar por mim uma Coach para aperfeiçoar os meus dilemas.

E também fica a reflexão: talvez esse trabalho seja um pouco assim mesmo, responsável por trazer respostas indesejadas e um pouco amargas para que possamos aprender a digeri-las.