Se no início de 2020 era improvável imaginar que o trabalho não seria mais realizado nas empresas e sim em casa, essa foi uma necessidade que se torna cada vez mais real ao redor do mundo e a tendência é que, mesmo pós-pandemia, o home office siga na vida dos trabalhadores.

No início o home office foi encarado como um grande benefício por muitas, mas agora, após mais de 1 ano nesse cenário ele pode não fazer tanto sentido a todos. Principalmente, porque a falta de interação faz com que os trabalhadores fiquem isolados e sofram impactos na saúde e mental e se sintam mais tristes, depressivos ou desmotivados.

Enquanto o Brasil ainda caminha lentamente na campanha de vacinação, para uma retomada da economia e de um cenário mais estável, outros países da América já começam a pensar no seu pós-pandemia e diversos setores estão retornando suas atividades.

Nos Estados Unidos, grande mercado mundial de coworking, o fim da pandemia começa a ser mais real e a retomada do trabalho e da interação entre pessoas já é vivida em muitos estados.

Com mais de 55% da população adulta vacinada, os EUA já começam a relaxar em algumas restrições e o uso de máscara por exemplo, tem sido opcional em alguns estados quando falamos em locais abertos e arejados.

Você já se perguntou como está o mercado norte-americano no planejamento pós-pandemia e como o coworking se encaixa nele? Vamos falar mais sobre o tema, confira!

O trabalho e o coworking no mercado Norte-Americano

Após mais de um ano de restrições, home office e distância do trabalho presencial, a maioria das pessoas está ansiosa por uma mudança de cenário e por uma rotina um pouco mais agitada em seus dias.

Muitas empresas se adaptaram e gostaram da modalidade de trabalhar fora do escritório e por redução de custos, muitas delas até devolveram salas, andares e não contam com a empresa no mesmo espaço físico como antes da pandemia.

Algumas empresas como Facebook, Twitter e Slack permitirão que o home office seja uma escolha permanente e os colaboradores não precisarão voltar aos escritórios. Em 2020, pelo menos 74% dos diretores pretendiam transferir alguns funcionários para o trabalho remoto permanentemente pós-pandemia.

Enquanto isso, negócios como Google planejam investir em seus escritórios para retomar a vida empresarial de seus times.

Seja home office permanente ou formato híbrido, muitas pessoas não querem mais trabalhar no mesmo ambiente em que descansam e vivem e o que antes era trabalhar de casa passou a ser “dormir no trabalho” e é justamente por isso que o coworking é essencial nesse momento.

Com o trabalho flexível, as pessoas voltarão a valorizar a interação com outros, conexão pessoal e profissional e ambientes que prezam pela segurança e limpeza, unindo tecnologias, facilidades e tendências.

Em 2019, o mercado de coworking foi projetado para experimentar com crescimento recorde e o futuro esperava um aumento de mais de 50% até 2022, mas então, veio a pandemia.

Com o isolamento social aconteceu o esperado e os espaços compartilhados não desempenharam tão bem quanto imaginado no último ano, afinal, interagir e unir pessoas era o menos recomendado nesse momento, certo?

Se foi um momento difícil para esse mercado, o fim da pandemia começa a ser real e a perspectiva já passa a ser vista por aqueles que estão inseridos no movimento coworking.

Com pelo menos 56% dos trabalhadores norte-americanos atuando de casa, a perspectiva é que muitos desses que ainda não voltaram para seus escritórios passem a encontrar novos locais para seu desenvolvimento profissional.

Infelizmente, a pandemia fez com que muitos dos grandes escritórios de coworking precisassem reduzir seus planos e atrasar a expansão no mercado.

Mas, com o home office seguindo como tendência permanente no mercado norte-americano, o otimismo do coworking mora exatamente aí. Mais do que ser um ambiente para receber colaboradores fixos, freelancers e pequenas empresas que vão surgir com o pós-pandemia, esse será um local para que as pessoas troquem experiências de forma segura e prática em suas rotinas.

E, para que isso aconteça, o mercado já prevê que algumas mudanças serão necessárias para que o status de “escritório compartilhado” cresça ainda mais como um ambiente escolhido por tantos trabalhadores.

Dentre essas mudanças esperadas no mercado norte-americano prevê:

1. Investimentos em ambientes privilegiados

Mesmo com problemas financeiros e redução de demanda, a expectativa é que a volta seja aquecida e que lugares privilegiados sejam os mais procurados pelos trabalhadores.

Para isso, é importante que os coworking estejam em centros movimentados, próximos de muitos comércios e facilidades para que a “ida ao trabalho” seja um momento para resolução de diversas demandas pessoais de uma só vez.

Mais do que isso, com a devolução de espaços empresariais por parte de muitas empresas, já existem movimentações ocorrendo para que as organizações aluguem esses espaços como parte de sua estratégia de retomada.

2. Mais do que só coworking

Ao trabalhar em casa as pessoas se acostumaram a ter filhos, animais, descanso, esportes e diversas atividades perto. Mesmo que o coworking seja um lugar que elas queiram ir para focar em suas demandas, elas vão querer por mais do que uma mesa e internet.

Lugares com outros espaços que visam ser pet friendly, que aceitam crianças, que incentivam a saúde física ou mental do trabalhador serão cada vez mais valorizados e os serviços agregados darão ainda mais senso de pertencimento para os coworkers.

3. Medidas de segurança e higienização

Não há como não saber que a segurança e higienização seguirá em alta. Por isso, se preocupar com a saúde e conforto dos escritórios serão fundamentais para o funcionamento.

Além de regras de limpeza rígidas das autoridades de cada estado, outras exigências serão implementadas como espaçamento entre mesas, número controlado de pessoas para sala de reuniões, limpeza constante e implementação de tendências como oxi sanitização dos ambientes.

A pandemia fez com que o mercado coworking passasse por momentos de instabilidades e incertezas, mas a retomada da economia e do trabalho dá grandes expectativas para esse mercado.

Com o avanço e tendências para pós-pandemia no mercado norte-americano, é essencial que o mercado brasileiro esteja atento para entender o que vem por aí.

Como seu negócio está se preparando para o pós-pandemia e para um novo aquecimento no mercado? Continue nos acompanhando e receba sempre novidades sobre o setor.

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