Censo 2018: a influência do coworking na carreira e vida pessoal
Coworking é estilo de vida! Descubra como pensa o coworker brasileiro, quais são seus anseios e as tendências que buscam na escolha do espaço de trabalho ideal.
Este artigo foi escrito por
Tuani Mallmann.
Depois de analisarmos os dados gerais e mais numéricos sobre o perfil do coworker brasileiro, agora é hora de falarmos sobre a influência do coworking na vida dos adeptos desse lifestyle. Como é a rotina de quem opta por trabalhar em um espaço compartilhado? E como essa mudança afeta positivamente na qualidade de vida?
Ao que tudo indica, a maior parte das 214 mil pessoas que circulam mensalmente nos coworkings no Brasil parece estar satisfeita com as experiências que teve em espaços compartilhados. De acordo com os resultados do Censo realizado com 578 participantes de todo o país, 99,9% recomendaria o formato de trabalho para algum amigo.
O coworker quer flexibilidade nos horários e liberdade
E se os coworkings estão altamente aprovados por seus adeptos, podemos concluir que, pelo menos para a maioria das pessoas, essa escolha traz benefícios no dia a dia. Das informações que pudemos coletar, percebemos que a flexibilidade de trabalhar em um escritório não convencional influencia até mesmo em hábitos como alimentação e a forma de locomoção diária.
Atualmente, cerca de 32% dos espaços funcionam com acesso 24 horas por dia, 7 dias por semana. Para os profissionais, essa é uma das características mais importantes de um coworking (na pesquisa eles deram nota 3,5 em uma escala de 1 a 5).
para os coworkers, uma das características mais importantes é acesso 24h
No campo aberto para comentários e opiniões, muitos participantes mencionaram que gostariam que seus coworkings ficassem abertos 24/7, ou que pelo menos tivessem horários um pouco mais estendidos. Fica a dica aí, founder! Será que não existe a possibilidade de você modernizar seus ambientes e proporcionar total independência para seus membros? Já existem diversos sistemas e ferramentas que automatizam a abertura de portas e controle da iluminação. Assim o escritório fica funcional e econômico, ao mesmo tempo que oferece liberdade para os profissionais fazerem sua própria rotina.
Quem trabalha como autônomo, freelancer ou mesmo em uma empresa de maior porte que tenha optado por um escritório compartilhado para seus colaboradores tem a liberdade como um dos itens básicos do seu lifestyle. Acredite, a flexibilidade é mais viciante do que você imagina. Tanto que, quando questionamos aos participantes se eles voltariam para um escritório tradicional que tivesse um custo igual ao do coworking, 65% deles responderam que não aceitariam.
Menos carro, mais bicicletas e caminhadas
São vários os fatores considerados por um coworker na hora de decidir por um coworking. E, um dos mais importantes, segundo o Censo 2018, é a localização: 29% afirmaram que a decisão foi feita pensando no lugar. Esse dado faz muito sentido, já que uma das principais vantagens do coworking é evitar o desperdício de tempo em deslocamento. Se você tem a liberdade de não precisar estar perto do centro comercial da sua cidade, buscar um escritório próximo da sua casa é uma decisão bastante coerente.
Morar perto do trabalho, principalmente para quem vive em cidades onde o trânsito costuma ser caótico, consumindo algumas horas úteis do dia, é algo cada vez mais almejado por quem visa a qualidade de vida. Mas, ao contrário do que acontecia antigamente, quando as pessoas buscavam viver em um bairro próximo ao escritório, hoje o ideal é buscar um espaço de trabalho que se encaixe com o restante da sua vida.
Foi-se o tempo em que a vida de famílias se moldava de acordo com o trabalho. Há 50 anos, os profissionais costumavam fixar residência de acordo com a região que a sua empresa ficava. Hoje, com cada vez mais trabalhos remotos, é possível primeiro se estabelecer em uma localidade que proporcione o estilo de vida desejado e depois escolher o local do escritório. Com a expansão dos coworkings, essa tarefa fica ainda mais fácil.
Atualmente, a média de tempo que os profissionais levam entre suas casas e o coworking é de 27 minutos. Cada vez mais coworkers têm deixado o carro de lado para o deslocamento diário, e cerca de 30% preferem utilizar o transporte público. Além disso, também uma boa porcentagem (12%) opta por caminhar até o escritório, e tem também uma margem que opta por ir de bicicleta.
Mais qualidade no dia a dia
Batemos na tecla de que coworking é um lifestyle porque é possível perceber toda uma mudança de comportamento nos ambientes compartilhados. Se até alguns anos atrás a cultura workaholic era reverenciada por muitas pessoas, pouco a pouco essa prática começa a perder adeptos. E, para os entusiastas do coworking, o fluxo é, na verdade, totalmente para o lado contrário.
Quem vive o dia a dia de um office compartilhado já entendeu que a rotina precisa ser sustentável. De nada vai adiantar trabalhar 16 horas em um dia se, ao final de uma semana, você vai entrar em colapso e ter que ficar 4 dias off para se livrar na pressão alta ou da crise de ansiedade.
Ou até mesmo ao longo de um dia: é preciso saber identificar os momentos em que você precisa de um break para um café e um papo com o colega de estação. É melhor parar por meia hora e voltar renovado do que passar horas a fio em frente ao computador sem render nada.
pouco a pouco a cultura workaholic está sendo abandonada pelos coworkers
As saídas para o almoço são outro exemplo importante. Um dos dados superpositivos do Censo mostrou que cerca de 20% dos coworkers conseguem almoçar em casa. Essa pausa é extremamente determinante para um dia com mais qualidade e, consequentemente, produtividade.
Outros 30% declararam que preferem almoçar no espaço de coworking. Seja levando sua própria comida, pedindo uma refeição por tele entrega ou almoçando no restaurante do próprio escritório, quando existe a possibilidade, esses coworkers estreitam laços com a sua comunidade. Ou seja, mesmo quando a pausa precisa ser um pouco mais curta, dá sim para ter um dia mais leve.
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Ao final do levantamento de dados para o Censo Coworking Brasil 2018, nos alegrou ver como a nossa comunidade tem amadurecido de forma sustentável, seguindo muitas tendências mundiais e criando outras tantas coerentes com a nossa realidade.
Você tem alguma história pra contar sobre como o coworking mudou a sua vida pessoal ou profissional? Escreve pra gente! Deixa seu comentário aqui embaixo que nós e nossos leitores vamos adorar essa inspiração!
Quem contribuiu para este estudo?
O Censo 2018 contou com a participação de diversas empresas que acreditam na cultura coworking e querem ver cada vez mais pessoas frequentando espaços do tipo 🙂
E não acabou, olha estas outras marcas lindas que também estão com a gente: