O universo em que os coworkings estão inseridos está diretamente ligado a tecnologia. E é fantástico observar como a inovação consegue andar lado a lado de outros aspectos tão importantes como o contato olho no olho ou o networking que rola durante um simples cafezinho.
E que bom que os avanços tecnológicos estão chegando para ficar! No Brasil, as coisas sempre acontecem um pouco mais devagar, mas já podemos observar mudanças significativas quando se fala em Internet das Coisas nos escritórios compartilhados. Quem entrou nesse jogo para revolucionar o cenário nacional foi a empresa Magikey, que não hesita em dizer que sonha com um mundo sem chaves.
A ideia inicial da empresa surgiu quando os sócios perceberam que os sistemas de estacionamento eram extremamente ultrapassados e inseguros com seus tickets de validação. Como já existiam alguns produtos pensados para veículos, eles voltaram seu foco para as pessoas, principalmente os prédios empresariais. Como facilitar o acesso das pessoas em prédios? E como fazer isso deixando os locais mais autossuficientes?
Já imaginou seu celular abrindo portas?
A Magikey começou a operar em 2016 e é um sistema de controle de acesso em nuvem que utiliza principalmente smartphones como as credenciais. Explicamos de forma mais descomplicada: para facilitar a entrada e saída dos coworkers, o espaço instala o sistema em suas portas e os usuários não precisam de chave para entrar, nem precisam esperar a liberação apertando um interfone. O acesso deles acontece via celular, utilizando bluetooth ou NFC. Assim, além de não precisar de um funcionário apenas para liberar a entrada dos usuários, o espaço se torna mais seguro e prático.
Os acessos móveis são uma tendência mundial, mas é claro que não é algo que vai acontecer do dia para a noite. Com a evolução da tecnologia, o objetivo é que você não precise uma chave específica de um lugar e sim que possa controlar tudo pelo smartphone. Imagina ter todas as chaves de casa e do escritório “dentro” do seu celular?
Às vezes o espaço tem uma base grande, mas não sabe que dias o coworker vai mais ou em que horários, inclusive para cobrar de uma forma correta.
A gestão é totalmente remota. Como é tudo online, por nuvem, o coworking não precisa de um servidor local. A partir disso o gestor do espaço consegue abrir as portas remotamente e também pode identificar quem está lá, mantendo registros de cada acesso.
O serviço tem um aplicativo próprio, que o coworking pode usar para abrir o espaço e para gerar convites para as pessoas que precisam acessar o local, para que elas tenham mais autonomia.
“Também usamos outros hardwares de terceiros para integrar. Por exemplo, você quer colocar nosso sistema numa catraca, porta ou em uma cancela que você já tenha, não importa o tipo de bloqueio físico, nós integramos. Isso é importante, porque muitos clientes já têm uma estrutura instalada e não precisam mexer nisso”, explica Guilherme Andrigueti, um dos sócios da empresa.
Mas, para quem quer a solução completa, a Magikey também faz todo esse trabalho de instalação. As leituras são feitas por celular através de bluetooth ou NFC (que é uma tecnologia mais recente, nem todos os aparelhos possuem), ou então é possível criar um cartão, uma pulseira ou alguma outra solução para quem não deseje utilizar o celular.
A empresa possui API e SDK para integrar em outros sistemas, como ERPs de mercado ou em aplicativos móveis, caso o espaço tenha um. Ou seja: a Magikey consegue se integrar com qualquer sistema do mercado, sem que o coworking precise mudar o que já possui.
https://www.youtube.com/watch?v=1YNYRTjHWi8
Maior segurança para o espaço, mais liberdade para o coworker
A ideia tem tudo para ser uma das melhores alternativas para os espaços compartilhados, afinal é uma opção segura e que proporciona mais liberdade para todas as partes.
O administrador pode abrir a porta do coworking com poucos toques na tela do celular, tornando o espaço autogerenciável. Um dos clientes precisa passar no escritório em pleno domingo para buscar algo que esqueceu? Sem problemas, basta liberar a entrada dele pelo app.
Além da segurança, um fator decisivo é a autonomia que o gestor do espaço ganha. Ao não precisar mais de uma pessoa apenas para realizar uma tarefa rotineira e totalmente automática, o administrador ganha mais liberdade para focar em suas outras demandas. E, mesmo que esse controle da portaria seja feito por um recepcionista, esse profissional também pode ficar mais livre para agregar em outras características do dia a dia do espaço.
Aumentando a flexibilidade do espaço, o negócio pode se expandir, mostrando que o foco está na boa experiência do coworker. É também uma boa alternativa para quem almeja um espaço aberto 24 horas por dia, sem precisar dispor de um funcionário sempre presente.
“A flexibilidade do nosso produto foi baseada na flexibilidade que os coworkings possuem. Entendemos que os acessos nos espaços são muito diversos. Cada coworking funciona de um jeito, é muito particular”, conta Guilherme.