Esses dias demos aqui neste post algumas dicas para quem deseja começar a trabalhar como freelancer para ganhar uma graninha extra ou mesmo para pegar experiência em sua área. E sabemos também que uma das primeiras dúvidas que surgem quando esse assunto aparece é quanto cobrar por um freela.

Existem alguns fatores que devem ser lembrados ao calcular o preço do seu job, e nós vamos te contar quais são eles. Depois disso vai ficar mais fácil saber como precificar o seu trabalho, fique tranquilo!

Quanto você quer ganhar?

A primeira pergunta a ser respondida antes de calcular seu preço é essa. Chegue a um valor que esteja dentro da realidade da sua profissão e que seja compatível com a sua experiência.

Mesmo que os freelas não sejam a sua principal fonte de renda, você deve cobrá-los como se fossem. Isso porque, nesse caso, você estará trabalhando além da carga horário do seu emprego formal. Ou seja, já que você vai vender as suas horas de folga, tem que valer a pena, certo?

Visualize o cenário como um todo

Além de pensar no seu “salário dos sonhos”, você precisa colocar na conta todos os custos envolvidos no seu estilo de vida: aluguel, contas da casa, alimentação, hábitos pessoais e de lazer. Isso mesmo, você deve levar em conta desde a conta de luz até a mensalidade da academia.

Nesse cenário também entram as suas ambições pessoais e profissionais. Para fazer um novo curso na sua área ou uma viagem dos sonhos, você vai precisar de dinheiro sobrando para economizar. Lembre desse fator também!

Além disso, um freelancer não tem várias garantias trabalhistas, então isso deve ser considerado também. Portanto, coloque nessa conta as férias e o 13º que você iria receber se fosse um profissional formal.

Qual é o valor médio do mercado?

Talvez essa seja uma das partes mais difíceis de mensurar, porque você precisa ter noção de quanto seus parceiros de profissão estão cobrando. Para quem já está inserido no mercado essa tarefa é mais fácil, e você pode fazer a relação com o quanto você ganha/ganhava no seu último emprego.

Tente conversar com amigos da mesma área que você que tenham mais experiência, peça alguma orientação pra eles. Se você não tem muita experiência, pense da seguinte forma: daqui a um ano, quando eu for um especialista do meu nicho, quanto pretendo estar ganhando? A partir daí você pode calcular o que é justo para você faturar, hoje, com menos bagagem.

E quais são os custos envolvidos nesse trabalho?

Além dos custos do seu estilo de vida, cada job que você pegar vai ter despesas bem específicas. Isso vai variar muito entre os diferentes nichos, claro. Um desenvolvedor web talvez consiga fazer tudo sem sair de casa e da frente do seu computador, enquanto um arquiteto vai gastar com deslocamento indo até o prédio para tirar medidas do projeto e depois vai gastar com as impressões das plantas, por exemplo.

Então, ao precificar o seu freela, lembre desses itens: materiais que serão usados; deslocamento para reuniões (gasolina, estacionamento, transporte público ou Uber); salas de reuniões que você vai utilizar em um coworking ou mesmo o quanto vai gastar para um encontro em um café; refeições fora de casa; e assim por diante.

Mas e então, quanto cobrar por um freela?

Levando em conta todos os tópicos acima, agora é hora de você saber quanto vale a sua hora. Isso vai fazer você entender como precificar um serviço, independentemente de você cobrá-lo por hora ou por tarefa.

Por exemplo, se depois de analisar todos os pontos que citamos você chegar à conclusão que gostaria de ganhar R$ 4 mil por mês, trabalhando cerca de 40 horas semanais, o seu valor por hora será de R$ 25.

Se esse fosse o seu salário fixo trabalhando para uma companhia, é importante lembrar que, na prática, você como funcionário custaria quase o dobro (R$ 8 mil). Portanto, como o cliente que contratar você com freela já vai estar economizando em benefícios trabalhistas, você pode cobrar um pouco mais do que os R$ 25, mas aí fica a seu critério.

Quando você for cobrar por tarefa, por exemplo, por um texto, é impossível desassociar isso do seu valor de hora. Se o preço da sua hora for R$ 25 e o texto que você vai produzir leva em média 2 horas para ser feito, o seu valor por texto vai ser de R$ 50, obviamente.

Se você ainda ficou com dúvidas, deixamos aqui essa opção superbacana de calculadora do site 99 freelas. É bem fácil de usar, vai sem medo!

Faça pacotes e fidelize os bons clientes

Uma boa ideia é sempre tentar oferecer ao contratante pacotes com descontos. Às vezes, vale mais a pena garantir vários freelas rolando por um valor um pouco menor do que apenas um job fechado pelo valor integral. Claro, aí vai muito das suas ambições e das suas metas de faturamento.

A complexidade do job também deve ser levada em conta. Eu mesma já recusei trabalhos por saber que o dinheiro não compensaria o estresse que eu teria. Em outros casos, já fiz preços mais baixos por saber que o cliente era tranquilo e por já ter entrosamento com as demandas.

Por último, é importante lembrar que de tempos em tempos você deve reavaliar o seu preço, pois a inflação não costuma parar. Por outro lado, para os seus clientes fiéis e que a parceria rola de forma saudável, ofereça alguns pacotes especiais ou algum tipo de bônus.

Aos poucos você vai começar a compreender qual a melhor forma e quanto cobrar por um freela. Depois dos primeiros jobs fechados, você começará a dominar o seu preço e a sua disponibilidade.

Se tiver alguma outra dica que esquecemos, compartilhe com a gente nos comentários! 😉