Há quem defenda que é preciso estar em todas as redes sociais porque é lá que tudo acontece, mas eu já vou começar este texto discordando disso. É sim essencial estar antenado ao que está rolando no mundo tecnológico, mas, acima de tudo, você precisa interpretar da forma mais assertiva possível qual é a rede social ideal para a sua marca ou empresa circular.

Conheça seu público-alvo

Você sabe o quão importante é determinar com exatidão o seu público-alvo, certo? Então, seguindo esse raciocínio bem básico, você também pode compreender em quais redes deve ou não estar, se um aplicativo faz sentido para o seu ramo e assim por diante. Se você não consegue fazer esse trabalho sozinho, existem profissionais e empresas que podem te ajudar a elucidar esses mistérios e ajudar você a tomar as decisões corretas.

Não utilizar uma rede social não é o mesmo que não conhecê-la.

Em minha trajetória como Social Media, já vi marcas enormes errando feio na abordagem de determinadas redes sociais, simplesmente porque, como todo mundo estava usando, elas (achavam que) também deveriam estar lá. Sabe aquele sentimento angustiante de vergonha alheia? Era o que eu sentia quando via grandes marcas produzindo qualquer conteúdo em todas as mídias sociais, ou apenas replicando conteúdo idêntico em todas as redes, no desespero de se fazer presente.

Primeiro de tudo: não estou aqui falando que você deve ser um alienado. Muito pelo contrário! Enquanto empreendedor, você deve estar atento a tudo a sua volta. Tudo mesmo. De nada vai adiantar você conhecer o produto que está oferecendo se não quiser entender um pouquinho sobre pessoas e comportamento humano. Observe as pessoas próximas, veja sobre o que elas estão falando, pesquise sobre aquela rede social que os amigos falaram durante o papo no happy hour.

Entenda os objetivos de cada rede social

Se você se acha velho demais pro Snapchat, ok, sem problemas, mas você sabe para que ele funciona e qual seu objetivo? Ou você só fica resmungando falando que a nova geração está perdida simplesmente por preguiça de se inteirar com as novidades do mercado?

Desculpe dizer, mas nem mais as nossas avós fazem isso. Foi-se o tempo em que elas sequer passavam por perto do computador para não correr o risco de estragar.

Fazendo uma comparação bem breve: eu tenho uma paixão enorme por tudo que é antigo, desde cumbucas feitas de barro pela minha trisavó índia até máquinas de escrever. Mas isso não quer dizer que eu só vou cozinhar nas cumbucas de barro, renegando o ar fryer que facilita horrores a vida, ou que só vou usar máquina de escrever, ignorando o poder de digitar e consertar possíveis erros antes de imprimir (sem contar todas as outras vantagens de usar um computador, obviamente).

Devemos ter as nossas preferências e usar o que é mais confortável ao nosso dia a dia. Mas não utilizar uma rede social não é o mesmo que não conhecê-la. Vá, aos poucos, testando: pesquise sobre o Periscope, por exemplo, depois comece a usar para saber o que acontece nessa plataforma. Entendeu bem o funcionamento? Agora é hora de definir se ela tem ou não a ver com o seu nicho e se vale a pena investir tempo (que automaticamente é produtividade e dinheiro) nela.

O seu público-alvo está mais no Facebook do que no Instagram, mas você quer estar em ambas mídias? Analise bem como cada uma envolve os seguidores e saiba compreender bem o objetivo particular de cada rede.

E, por favor, não saia por aí replicando conteúdos e linguagens exatamente iguais em todas elas. Se fosse fácil assim, porque haveriam tantas redes diferentes? Não seria bem mais lógico agrupar tudo em uma só timeline?

Se não é a sua praia, apenas pule fora desse barco, simples assim. Pense nisso e mãos à obra, há muitas redes a desbravar!