Como a economia colaborativa chegou para trazer mais qualidade de vida
A economia compartilhada não veio para derrubar e substituir o capitalismo, mas sim para ser uma espécie de capitalismo consciente.
Este artigo foi escrito por
Tuani Mallmann.
A economia colaborativa, também conhecida como economia compartilhada, não chegou apenas para mudar os rumos e as formas de trabalho: ela veio para trazer muito mais qualidade de vida para nossas vidas.
Antes de ler este artigo até o fim, seria uma boa ideia você dar uma olhada no post que fizemos explicando a sharing economy. Espia o link aqui.
Por se tratar de uma das mais grandiosas tendências econômicas do século XXI, não podemos deixar esse assunto de lado. Até mesmo porque é disso que a cultura dos coworkings vive todos os dias e, mesmo dentro da comunidade, percebemos que falta um certo entendimento sobre o que é e como a cultura colaborativa realmente funciona.
Estamos preparados para esse lifestyle?
Faz tempo que o dinheiro é a moeda oficial de troca — ao menos na maior parte da civilização moderna — e também é parte da realidade da maioria dos países tendo o capitalismo como sistema econômico..
É importante deixarmos claro que a economia compartilhada não veio para derrubar e substituir o capitalismo. Ela veio, na verdade, como forma de abordar novos pontos de vista para utilizar o consumo de forma mais sustentável, uma espécie de capitalismo consciente.
A economia compartilhada não veio para derrubar e substituir o capitalismo, mas sim ser um capitalismo consciente
A melhora na qualidade de vida acaba por ser uma consequência das mudanças de processo, pois trocamos parte do nosso consumo artificial para algo mais fluido e orgânico. Pensando em um maior equilíbrio socioafetivo, buscamos sim um retorno financeiro, mas não apenas para o nosso próprio bolso e sim para o bolso de toda a comunidade.
Como o coworking faz parte da economia colaborativa?
É assim que o coworking acabou se tornando uma base importante da economia colaborativa para a sociedade atual. Isso porque um founder não quer simplesmente ganhar dinheiro quando ele abre um espaço compartilhado. Esse até pode ser o objetivo inicial, mas ao longo do trajeto ele vai perceber que fazer a comunidade se unir para que todos ganhem dinheiro “juntos” é muito mais interessante, saudável e sustentável, com um ciclo mais duradouro.
Para fazermos um intensivo sobre o assunto, selecionamos alguns vídeos com falas interessantes. O primeiro é uma explanação de Amarit Charoenphan, Co-founder do Hubba Coworking Space, na Tailândia.
Como ele diz, coworking é um verbo, não apenas um nome. Não é um lugar estático e envolve três ações essenciais. São elas os 3 CO: cooperação, colaboração e comunidade. Coworkings são lugares com alma.
“Espaços de coworking são as comunidades que resgatam a cultura de colaboração e a cooperação, para as nossas cidades, para nossa comunidade, para nossa sociedade. E se nós podemos promover os coworkings para estrem por todos os lugares nós teremos muito mais lugares com alma, e isso aumentaria o nível de qualidade de vida das nossas cidades”, resume Amarit.
Já Sean Fedorko, founder do Radius CoWork, defende a ideia de que os negócios devem começar não com um produto mas sim com um por quê. “Estamos mudando de uma cultura de empregados para uma cultura de empreendedores. A maioria de nós vai criar nossos próprios empregos, trabalhando para nós mesmos como consultores, freelances, trabalhando para pequenos negócios. E é uma mudança de estilo de trabalho. Pessoas entre 20 e 30 anos estão amplamente escolhendo ‘criar um emprego’ do que ‘aceitar um emprego’. Hoje elas já preferem vender o produto do seu talento do que vender suas horas úteis”, declara.
A ideia é bem simples: ao cogitar trabalhar em um coworking, além de considerar tudo de positivo que isso vai trazer para o seu trabalho, você acaba, indiretamente, por considerar tudo de positivo que você pode retornar para a sua comunidade.
Chris Cooley chama atenção para o fato de que em 2020 cerca de 40% da população americana estará trabalhando por conta própria – isso equivale a 60 milhões de pessoas. De 2012 a 2017 os coworkings no mundo cresceram 900%, e nem precisamos falar que a tendência é de aumento constante, certo?
…
Para quem quer se aprofundar ainda mais no assunto e conhecer alguns exemplos práticos de economia colaborativa, recomendamos a leitura deste artigo aqui no Endeavor Brasil.
No mais, estamos sempre abertos ao debate para levarmos essa cultura à mais e mais pessoas.
🙂