A tecnologia está presente em todos os momentos, certo? Se você parar para pensar, desde a elaboração de um cafezinho até o uso de realidade virtual em um jogo, de alguma forma, tudo é mediado por recursos tecnológicos. Então, por que não usá-los para treinar e engajar pessoas, principalmente em empresas? Melhor ainda, por que não usar o treinamento mediado por tecnologia e ainda conseguir gerar novos negócios e valorizar funcionários?

Começando do início, vamos aos conceitos!

Andragogia?

Sim, andragogia! É o termo que define a educação ou processo educacional voltado para adultos. Eles tendem a guardar mais o conhecimento quando o tema que vão aprender ajuda a progredir em algum estágio de suas vidas. Eles já têm uma bagagem, experiências passadas e um nível de conhecimento que deve ser entendido para que o treinamento tenha efetividade.

Os adultos têm uma forma própria de adquirir conhecimento e é importante entender esse processo para criar um plano educacional que possa auxiliar na geração de novos negócios e agregar valor à organização e à vida pessoal e profissional desse adulto.

Estudando “O” adulto

Bom, para o adulto buscar e aplicar o conhecimento é preciso desafio. É necessário que ele veja valor no que está sendo ensinado. Sem isso, o treinamento já nasce fadado ao fracasso.

Uma das formas de saber como acertar na mosca é estudar “O” adulto a ser treinado, ou seja, o público-alvo. Entenda o dia a dia dele na companhia, o momento e a “dor” da instituição, o status do setor, as dificuldades do profissional, seu perfil psicológico, ou seja, faça um estudo minucioso e criterioso de quem será treinado e da empresa.

Duas técnicas que funcionam bem para isso.

  1. Entrevistas com uma quantidade expressiva e de diferentes cargos dos funcionários;
  2. Visita ao local de trabalho deles, dentro de um dia normal de suas rotinas.

Agora chegamos ao como

É, parece chato, mas o passo a passo acima é crucial para que se defina como atingir esse adulto e o uso das tecnologias que serão mais efetivas na aplicação do treinamento. Abaixo estão descritas algumas delas:

Aplicativos

Podem conter cursos inteiros, divididos por temas, por exemplo. A vantagem é o usuário poder ser treinado em qualquer lugar, bastando ter um smartphone e acesso à internet. Uma boa aplicação é para a força de vendas.

Hotsite

Pode ser dividido em tópicos e utilizar recursos como jogos interativos e vídeos. Funciona melhor em desktops, mas pode se adequar aos smartphones.

TV Corporativa

Pode ser aproveitada, por exemplo, para criar um programa especial sobre o tema do treinamento, passar um vídeo ou tutorial. Se ela for em um refeitório pode ser usada para a aplicação do treinamento em si.

Tecnologia touch

Geralmente, é uma atividade que gera movimentação e “burburinho” entre o grupo a ser treinado. Uma boa aplicação dessa tecnologia é para a realização de testes ou jogos interativos e presenciais.

Realidade aumentada

Um exemplo de uso é em áreas operacionais, onde uma máquina pode ser manipulada e montada peça a peça. Outro exemplo, que não é voltado para o treinamento, mas que está em alta, é o Pokémon Go, jogo que utiliza a realidade aumentada para colocar os bichinhos no ambiente do usuário.

Simuladores

Quando uma fábrica compra uma nova máquina e precisa treinar seus funcionários pode ser criado um simulador desse equipamento. Para isso, ela é construída em 3D em um aplicativo ou outra plataforma digital e pode ser manipulada pelos funcionários em realidade virtual.

Jogos digitais

ideal é que levem o usuário, a partir de ações interativas baseadas em tomada de decisão, a apreender um determinado conteúdo.

Existe uma série de composições possíveis de conteúdos a serem utilizados nas tecnologias acima: vídeos (em 2D ou 3D), videoaulas interativas, com atores ou apresentadores, teasers, testes online, entre outros.

O estudo do público-alvo é que direcionará a tecnologia, a ação a ser tomada e a melhor forma de aplicar o conteúdo por esses recursos tecnológicos. Em alguns casos, é preciso unir várias tecnologias e até mesmo usar recursos presenciais, ou seja, fazer o chamado blended-learning.

Antes de fechar, o que é o blended-learning?

O livro “Blended (e)Learning na Sociedade Digital” de Angélica Monteiro, J. António Moreira e José Alberto Lencastre é uma boa fonte de informação para quem quer entender melhor os diferentes conceitos que envolvem o aprendizado à distância, mediado por tecnologia. O blended-learning, em linhas gerais, significa a união de ferramentas de educação, digitais e presenciais, visando o aprendizado de um determinado tema.

Fechando…

O que não faltam são exemplos e possibilidades quando o assunto é educação mediada por tecnologia no ambiente corporativo. Aqui foram vistos alguns deles, mas o tema é um universo ainda em desenvolvimento, a ser explorado e estudado.

Para as empresas, os benefícios vão desde o aumento do engajamento até a padronização de serviços e geração de novos negócios. Para os funcionários, além de se sentirem parte importante da empresafica a oportunidade de aprendizado, gerando crescimento profissional e pessoal, além de qualificação.