O coworking traz aquela ideia de liberdade, flexibilidade e muita colaboração. Mas assim como acontece com uma orquestra, ter a ajuda de um maestro permite alcançar resultados melhores e mais harmônicos, certo? É por isso que é importante saber o que é o community manager.
Esse profissional está envolvido com questões essenciais do coworking, tanto com o público quanto com os parceiros. Depois de reconhecer a relevância dessa função, você vai querer saber como encontrar o seu CM.
Para ajudar nessa tarefa, trouxe as principais informações que você precisa conferir sobre a área e como contratar seu próprio gerente de comunidade de coworking. Confira!
O que é o community manager?
Se formos traduzir ao pé da letra, o ‘community manager’ é um gerente de comunidade. Mas o que isso quer dizer, de verdade? Esse é um profissional que atua no relacionamento de uma empresa em diferentes frentes. Ele ajuda a estabelecer contatos positivos com o público e com parceiros, em busca de um resultado que seja bom para todo mundo.
Falando assim, até parece fácil, né? Mas a verdade é que o cotidiano é muito dinâmico, com várias responsabilidades que afetam diretamente os resultados do negócio.
No caso dos coworkings, cada vez mais os founders notam a importância de ter um profissional nessa função. Afinal, a colaboração e o compartilhamento são fundamentais, mas também faz diferença ter alguém para compilar um pouco de tudo e garantir a realização de projetos e a conquista de resultados.
Por que é importante ter um gerente de comunidade no coworking?
Pense nos coworkers do seu espaço. Você sabe como eles se sentem? Quais são suas necessidades? Você tem a certeza de que eles continuariam escolhendo seu espaço, mesmo com um ou mais concorrentes por perto?
Responder tudo isso tem a vez com o senso de criar uma comunidade. Afinal, mais que clientes que contratam um serviço, a ideia é poder formar um grupo sólido e engajado com o seu espaço de trabalho integrado.
No contexto da economia compartilhada, isso é ainda mais importante. É fundamental que todos estejam dispostos a contribuir e colaborar para que a experiência seja a melhor possível.
A relevância do ‘community manager’ reside no fato que ele é um dos grandes responsáveis por conseguir esse resultado. Ele é que faz o “meio de campo” entre o seu negócio e as pessoas, ao conhecer necessidades, integrar, comunicar e apoiar.
Também é esse o profissional responsável por buscar parceiros estratégicos para o coworking, como outros espaços ou serviços complementares. Tudo é feito pensando em criar a melhor experiência para o público, ao mesmo tempo em que há um fortalecimento na economia de compartilhamento.
Não menos importante, o gerente de comunidade de coworking pode ajudar a divulgar a solução para mais pessoas. Se você pensa em como atrair os profissionais do home office, a atuação desse profissional pode ser a chave para alcançar as metas.
Quais são as principais habilidades do profissional?
Uma das qualidades mais importantes de um ‘community manager’ é a capacidade de ser dinâmico. Pensa comigo: no coworking, há pessoas de todos os estilos e setores, com necessidades e expectativas diferentes. Então, se existe uma verdade absoluta é que um dia não é igual aos outros.
Portanto, o CM precisa ser capaz de se adaptar, demonstrar flexibilidade para contornar desafios e encontrar soluções. Isso é ainda mais relevante quanto envolve a comunicação e o relacionamento com o público de interesse.
Mas como funciona tudo isso na prática? Fomos no LinkedIn em busca de alguns community managers do ambiente de coworking, da experiência deles e do valor que geram para seus espaços.
Renata Silveira é CM da primeira unidade Spaces do Rio de Janeiro e tem mais de 2 anos de experiência na função. Em seu perfil, descreve, entre as principais tarefas, questões como negociações de renovação de contrato, contratação e desenvolvimento de equipes operacionais, controle e execução dos processos de entrada e saída dos coworkers e busca pela excelência na entrega para clientes.
Do que mais gostamos é o que ela cita ao final, ao citar o trabalho para “manter a fidelização dos clientes em serviços de coworking. É ou não é uma criação de comunidade?
Depois, chegamos ao perfil de Enio Andrade, CM no The Brain Coworking. Além dos processos relacionados à operação, ele descreve atividades ligadas ao atendimento ao cliente, facilitação do networking, estruturação da comunicação interna e organização de eventos. Ou seja, é tudo uma questão de relacionamento e atendimento de expectativas.
Alexandra Serejo, CM do Seahub Coworking, também foca em atividades parecidas. Ela atua com o gerenciamento e a organização de eventos e cuida das principais atividades internas. Ah, ela também foca no contato com a comunidade pelas redes sociais.
Já Jhonatan Cardoso hoje ocupa a posição de Customer Experience and Business Manager da WeWork. Porém, ele já foi o CM de operações do espaço no Brasil e, entre suas tarefas, uma delas envolvia capacitar o time local para atender e conciliar as necessidades específicas dos coworkers brasileiros e os padrões globais da empresa.
Também foi responsável por acompanhar o nível de satisfação dos membros e identificar motivos de saída, de modo a atuar para garantir a retenção.
Então dá para ver que as vivências são parecidas, pois envolvem networking, comunicação, estratégia, resultados e fidelização.
Para agregarem esse nível de valor, os CM costumam receber uma média salarial de R$ 3,7 mil, segundo o Glassdoor. Porém, isso pode variar bastante com o tamanho e a proposta do coworking e com o nível de experiência e qualificação do profissional.