Coworkings pelo mundo: vivendo a Europa em Budapeste
A capital da Hungria é uma das cidades mais baratas para os nômades digitais que desejam passar um tempo na Europa.
Este artigo foi escrito por
Tuani Mallmann.
Nem sempre os nômades digitais escolhem os lugares por onde passam simplesmente por serem dream places. É claro que os viajantes preferem aproveitar o pé na estrada para irem para países que sempre sonharam conhecer, mas outros fatores também pesam bastante nesse planejamento.
Custo de vida, segurança e internet de qualidade são alguns dos principais pontos essenciais para quem viaja enquanto trabalha. Afinal, conhecer praias paradisíacas é o sonho de quase todo aventureiro, mas as demandas precisam ser feitas e não dá para arriscar ficar sem conexão ou, pior ainda, sem grana.
Pensando nesse cenário, a cidade que hoje decidimos abordar é Budapeste, capital da Hungria. O país pode não ser o destino favorito dos turistas brasileiros, mas é um dos preferidos dos nômades, segundo o ranking do Nomad List.
Aliás, vale ressaltar que essa lista tem sido bem importante pra gente nessa busca pelos coworkings pelo mundo. As duas primeiras localidades que abordamos por aqui, Koh Lanta e Barcelona, foram escolhidas a partir dos destinos mais citados pelos nômades digitais como sendo o combo perfeito para quem não pode deixar o trabalho em segundo plano enquanto explora novos continentes.
Cidade: Budapeste
Budapeste é uma das cidades mais citadas no “ranking nômade”, está superbem localizada na Europa e é mais econômica que outros pontos do velho mundo. O custo de vida é amigável, bem como a população — são menos de 2 milhões de habitantes, relativamente pouco para uma capital.
Outra ótima notícia é que a capital húngara é considerada por muitos uma das mais bonitas cidades da Europa. Ela oferece tudo o que está no imaginário quando se fala no continente: prédios monumentais, arquitetura com influência romana e também gótica, uma região central com variedade de lojas e marcas e até uma orla charmosa, banhada pelo rio Danúbio.
Agora uma curiosidade (e utilidade também): Buda e Peste eram duas cidades distintas, e são separadas pelo rio. As duas localidades hoje formam a cidade, mas ainda possuem estilos bem diferentes.
Buda é a parte mais nostálgica, clássica e com um clima cultural. Por lá é possível ver prédios históricos, além de dois dos principais pontos turísticos, o Palácio Real e a Igreja de São Matias. Já Peste engloba o centro comercial e todo o agito da cidade, tanto de noite como durante o dia.
Onde trabalhar: Mosaik
Como uma capital em constante crescimento, já são dezenas de coworkings em Budapeste, incluindo marcas de sucesso internacional. Mas foi o Mosaik que chamou a nossa atenção.
Já pelo nome é possível compreender o que eles tentam fazer por lá: pessoa por pessoa, peça por peça, eles constroem diariamente um ambiente repleto de conexões e compartilhamento de experiências.
Grande parte dos coworkers do Mosaik vem da área de TI, e pode-se dizer que o escritório é um dos berços de startups da cidade. E eles não escondem que almejam ser um hub de inovação da região.
O espaço é bem grande e possui 1.000m², com salas privativas, mesas dedicadas e outras compartilhadas. Outros pontos bem interessantes do espaço são o café e a biblioteca.
Aliás, um diferencial que chama atenção no Mosaik é que eles possuem uma espécie de escola. A proposta da academia é promover cursos e workshops constantes, com convidados de diversas nacionalidades, e com ênfase na língua inglesa para abranger todos os coworkers.
Qual o custo de vida por lá e quando ir?
Já faz um tempinho que a Hungria faz parte da União Europeia, mas o país optou por não adotar o Euro e manteve sua moeda, o forint húngaro. Pode parecer trabalhoso ter que fazer câmbio, mas quem vai para ficar mais tempo adora a ideia, já que é bem mais vantajoso financeiramente — principalmente para os brasileiros!
Na Europa, em geral, a dica é sempre ir ao mercado e preparar suas refeições. Mas Budapeste é um dos poucos lugares onde os restaurantes não são tão caros. Inclusive, há quem defenda que na cidade é mais caro comprar comida no mercado do que sair para comer. Já para quem gosta de pubs, a boa notícia é que as bebidas também são amigáveis para o bolso.
O transporte é outro ponto superpositivo. Primeiro que, se você curte caminhar ou andar de bike, é totalmente possível fazer tudo nessas formas. Os principais pontos estão próximos e a cidade é bem estruturada. Mas, se precisar pegar ônibus, metrô ou tram, que é uma espécie de bondinho, você não vai gastar muito. Com pouco mais de R$ 100 mensais você compra um passe para todas as linhas de transporte.
Os preços para trabalhar no Mosaik variam entre 10 euros a diária e os planos mensais começam na base de 130 euros. Ah, importante dizer que o espaço fica aberto 24/7, ajudando quem precisa estender o turno.
Por lá a primavera começa em março, o tempo é firme durante o ano e o frio mais rigoroso começa em novembro. A chuva não incomoda tanto, mas as altas e baixas temperaturas podem ser bem extremas. Ah, e para os apaixonados por neve, uma boa é ir entre novembro e março para curtir as paisagens branquinhas. Mas esteja preparado para as temperaturas que podem chegar a -20 graus.
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