Não, você não leu errado. Este artigo é sobre malhar o cérebro em busca de resultados e fazer com que esse treino te deixe cada vez mais preparado para encarar os desafios do dia a dia e ter mais bem-estar na sua vida. Pode parecer besteira, mas quanto mais você colocar o cérebro para trabalhar, mais fácil fica de conseguir bons resultados nesses dois aspectos.

Quanto mais você treina, melhor e mais rápido seu cérebro responde aos estímulos e isso vale para tudo.

Não é qualquer tipo de exercício que vai ajudar seu cérebro a ficar “sarado”. Alguns aplicativos com jogos criados por neurocientistas, como o Lumosity, o Peak e o Memorando, preparam uma série de exercícios diários para treinar o seu cérebro nos mais diversos aspectos, que passam por velocidade de resposta, memória, atenção, solução de problemas, linguagem, coordenação, entre outros. Todos os dias o usuário é desafiado por novos jogos ou níveis mais complexos para desenvolver o cérebro em seus mais variados setores. Esse é um bom caminho para começar a malhar.

Você deve estar se perguntando o que ganha com isso, certo? De fato funciona como uma academia, quanto mais você treina, melhor e mais rápido seu cérebro responde aos estímulos e isso vale para tudo, desde a resolução de um problema matemático na escola até o aumento da atenção em situações de risco, como dirigir à noite, por exemplo. Seu cérebro fica mais “ligado”, atento aos estímulos que recebe quanto mais treinado ele é. É como uma academia mesmo: é preciso persistência para sentir os resultados, um dia de treino não é suficiente.

Falando em mindfulness, a malhação para o bem-estar

Experimente focar sua atenção nas batidas do seu coração. Feche os olhos, sinta cada batida, seu som, seus contrastes, o que você sente. Permita-se fazer isso por uns cinco minutos e veja como se sente. Esse é um exemplo de exercício do mindfulness ou atenção plena, que é outra forma de treinar o cérebro, principalmente em aspectos como foco, bem-estar, confiança, energia e para encarar situações e estados emocionais mais difíceis.

O mindfulness usa técnicas budistas milenares e começou a se espalhar pelo mundo com o trabalho do médico americano Jon Kabat-Zinn, nos anos 80. No Brasil, a prática ainda é recente, iniciando sua fama em 2010. Esse tipo de exercício terapêutico visa fazer com que você veja as atividades cotidianas de outra maneira, vivenciando e sentindo o “aqui e agora”. Os exercícios são diários e existem diversas instituições no Brasil que realizam cursos e aulas voltados para esse conceito.

Assim como nos jogos, é preciso dedicação para alcançar bons resultados. Experimente todos os dias tirar uns dez minutos para prestar atenção em algo que está acontecendo ao seu redor, como ouvir o canto de um passarinho, prestar atenção nas cores e formas de um objeto, observar a água escorrendo pela louça enquanto a lava. Uma boa dica para se aprofundar no assunto é dar uma conferida no livro “Atenção plena: mindfulness” de Mark Williams e Danny Penman, que vem com CD de meditação e técnicas de treinamento.

Agora o mindset, a configuração da mente

O mindset, como o nome já diz, é a configuração da mente, no caso, do cérebro. É a forma como ele está configurado para ver e resolver as questões do dia a dia. Cada um tem uma formatação própria e, por isso, duas pessoas podem ter visões, opiniões e crenças totalmente diferentes sobre um mesmo aspecto. Isso é mindset, ou seja, a forma como você vê, lê e sente tudo que está ao seu redor.

Bom, tem exercício para desenvolver, melhorar ou até mudar essa “configuração”, mas não é fácil e nem do dia para a noite. A primeira coisa é entender a sua mente e aí já começa o desafio. É necessário identificar quais são as “configurações” que estão de alguma forma limitando seu desenvolvimento pessoal ou profissional, que estão sugando suas energias, que estão te impedindo de alcançar um sonho e até mesmo te deixando doente sem você perceber. Esses são os arquivos que você precisa apagar do seu “HD” ou formatar para um novo caminho.

Gaste um tempo se questionando sobre os aspectos de sua vida que não te deixam feliz ou satisfeito e tente encontrar o motivo para tal e o que você pode fazer para mudar. Comece com uma coisa simples, como a dificuldade em aprender uma língua nova, por exemplo. Acredite que você é capaz de fazer tudo o que quiser primeiramente e daí veja quais são as formas, o caminho que você pode trilhar para alcançar seu objetivo. Errar no meio do exercício para chegar lá é normal, não se preocupe. Aprenda com esse erro, pegue outra trilha e siga em frente.

Mas qual é o melhor exercício para mim?

Quando o assunto é cérebro, diferente do corpo, não existe limitação para a malhação. O importante é você saber seus objetivos, analisar o que está te incomodando mais e agir para mudar essa realidade. Não adianta também querer fazer tudo ao mesmo tempo ou apressar o processo de “ganho de neurônios”, é preciso ter calma, persistência e começar pelo que faz mais sentido para você.

Para mim, os jogos criados por neurocientistas e o mindfulness já estão gerando bons resultados, principalmente no que diz respeito à memória e agilidade de raciocínio. Isso em cerca de um mês e meio de treinamento (não tão diário como deveria, mas enfim). E você, já experimentou algum exercício desses para o cérebro? Se não, procure conhecer mais o assunto e comece a malhar!