O mercado de coworkings ainda é muito jovem e é na prática que se vê como a coisa vai realmente funcionar — claro, é melhor ter uma base teórica antes de começar, mas nunca podemos dizer ao certo quais os rumos que um negócio vai tomar. Trabalhamos com tendências gerais, mas às vezes são as particularidades que acabam predominando. É preciso ter feeling.
O último texto da nossa série de desdobramentos sobre o Censo 2017 vem trazer alguns relatos de founders sobre o que eles aprenderam durante 2016 e quais foram as maiores lições desse período. Foram muitas as respostas mas, em geral, conseguimos perceber alguns tópicos bastante recorrentes. Dá uma olhada:
Sem networking e conexões não existe coworking
“É preciso gerar colaboração no espaço, para se gerar networking e negócios para os nossos coworkers. Assim eles perceberão a real vantagem de estar num coworking e que isso é muito mais do que apenas reduzir custos”
“Um bom trabalho na comunidade aumenta o envolvimento dos clientes e fortalece o negócio”
“Hospitalidade e transparência são importantes para as conexões”
“É importante estar sempre atualizado e trabalhar o networking dos parceiros que ocupam o espaço, gerando mais valor agregado ao serviço oferecido”
“Aprendi que estar em um coworking é mais do que uma forma de trabalhar, mas uma opção de vida, onde compartilhar é muito melhor do que fazer sozinho, onde a comunidade inspira, troca experiências e contribui para o crescimento”
Tema do último Encontro Coworking Brasil, as conexões são essenciais para que a comunidade cresça e se fortaleça. É impossível pensar em um empreendimento nesse ramo sem focar nas pessoas e no networking.
O desenvolvimento da rede depende também dos founders e colaboradores do coworking, que devem estar sempre atentos às demandas dos coworkers. Não basta abrir as portas, colocar mesas ergonômicas e boa internet. Esse é só o começo do trabalho. O poder de colaboração precisa ser grande, as conexões precisam acontecer.
É hora de investir mais em marketing
“Não podemos contar com a aparente estabilidade, precisamos investir em marketing”
“Precisamos cuidar melhor das redes sociais“
“Temos que melhorar nossa comunicação”
“Utilizar das ferramentas de marketing para promover meu negócio”
Alguns relatos apontaram que um grande erro foi não ter investido em marketing e publicidade desde o início do negócio. Mas que tal então correr atrás desse prejuízo?
Não dá para fugir do poder da internet e das redes sociais, e uma boa imagem online é essencial para uma área tão moderna e em constante atualização como o coworking.
A velha publicidade do boca a boca ainda é a mais sólida e importante, mas não dá para contar com ela para fazer todo o serviço sozinha. Divulgue-se mais, crie eventos e oportunidades para que as pessoas cheguem até o seu coworking. Use as redes sociais como aliadas nessa luta, ok?
Se adaptar e renovar constantemente é preciso
“Buscar diferencial e manter o espaço sempre atualizado quanto a negócio e tecnologia”
“Precisamos nos reinventar e nos adaptarmos às demandas do cliente“
“Podemos imaginar muito das necessidades mas só ouvindo os coworkers é que o espaço se torna útil para nossos clientes”
“A qualidade no serviço é, definitivamente, a chave do sucesso”
“Não parar nunca de inovar e entender a cidade e o público”
Quem foi que disse que empreender seria fácil? Acho que ninguém se arrisca a falar isso sobre coworkings, mas não custa reforçar aqui a importância de estar sempre em constante atualização.
Além de buscar melhorias no espaço físico e nos serviços ofertados ao público, é essencial também manter uma relação próxima com o coworker. Não hesite em perguntar o que ele acha que poderia melhorar ou o que ele sente falta no dia a dia. O diálogo pode levar seu negócio muito mais longe!
Esteja preparado para aprender algo novo todos os dias e a ser um camaleão do empreendedorismo. O maior desafio é se adaptar ao que os clientes precisam sem perder a visão e a personalidade do seu espaço. Encontre seu melhor ponto de equilíbrio!